
Cresce entre os deputados estaduais o sentimento de que, com a retomada dos trabalhos na Casa, as três principais comissões da Assembleia Legislativa de Pernambuco irão dar celeridade aos dois projetos de empréstimo encaminhados pela governadora Raquel Lyra (PSD).
A primeira sessão ordinária está marcada para a próxima segunda, 4 de agosto, e a base governista deve reproduzir, em seus discursos, o que a chefe do Executivo vem reforçando nos eventos institucionais: a cobrança pela aprovação das matérias, que, juntas, somam R$ 3,2 bilhões.
Uma fonte revelou à coluna que os presidentes dos colegiados pretendem aprovar as propostas ainda neste mês. No entanto, a fiscalização das obras prometidas pelo governo estadual com os recursos dessas operações de crédito será intensificada após a autorização no plenário da Alepe.
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Primeira reunião – O presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe, Coronel Alberto Feitosa (PL), convocou reunião para a próxima terça (5), às 9h30. No entanto, o edital ao qual a coluna teve acesso ainda não prevê a discussão sobre os empréstimos encaminhados pela governadora Raquel Lyra (PSD) no primeiro semestre.
Silêncio – Até o momento, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), não emitiu nenhum posicionamento público em defesa da permanência de Danilo Cabral à frente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O ex-deputado vem sendo alvo de pressão do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e da concessionária da Transnordestina (TSLA).
Interesse – O motivo que levou os cearenses a pedirem a saída de Danilo Cabral do comando da Sudene exige uma posição ainda mais firme da governadora Raquel Lyra (PSD): a defesa da Transnordestina para Pernambuco. Inclusive, essa foi uma pauta bastante levantada pela chefe do Executivo estadual no início de sua gestão. A superintendência já aplicou R$ 5,6 bilhões na construção da ferrovia.
Contraponto – Internamente, alguns nomes que integram o Partido dos Trabalhadores defendem a saída de Danilo Cabral do comando da Sudene. À coluna, um dos petistas confessou, sob reserva, que o ex-parlamentar não somará nada à legenda em 2026, já que vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSB.
Sem sentido – A comparação entre Dom Hélder Câmara e Eduardo Bolsonaro feita esta semana, através de um artigo que tem sido compartilhado por bolsonaristas, é totalmente infeliz. Enquanto um foi a representação da luta pelos direitos humanos e em defesa dos mais pobres, o deputado federal tem legislado em causa própria, prejudicando o país.