
O vereador Delegado Lessa (Republicanos) voltou a levantar a voz em defesa das famílias caruaruenses, especialmente das que convivem diariamente com os desafios do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em fala recente na Câmara Municipal, ele destacou a urgência da ampliação do número de neuropediatras na rede pública de saúde de Caruaru, com base em informações oficiais da Prefeitura e da Secretaria de Saúde, enviadas por meio do Ofício nº 2.164/2025, em resposta ao Requerimento nº 61/2025.
Segundo os dados, Caruaru conta hoje com apenas três médicos neuropediatras para atender a uma demanda cada vez mais crescente.
“Estamos falando de um número extremamente insuficiente diante do aumento expressivo de diagnósticos de TEA em crianças e adolescentes. Isso exige do poder público ações imediatas e eficazes”, alertou o parlamentar.
Lessa fez questão de frisar que o problema não se resume à falta de contratação por parte do município, mas sim à escassez de especialistas em neuropediatria no mercado. Por isso, ele propôs uma ação conjunta com o Governo do Estado para criar políticas de incentivo e capacitação de médicos interessados em seguir essa especialização.
“Apenas o neuropediatra tem a formação necessária para emitir um laudo conclusivo e assertivo sobre o TEA, fundamental para garantir o tratamento adequado e os direitos assegurados por lei às crianças e suas famílias”, explicou o vereador.
O apelo de Lessa também foi respaldado por dados preocupantes: estima-se que cerca de 2 milhões de brasileiros estejam dentro do espectro autista, segundo a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Isso representa cerca de 1% da população nacional.
Diante desse cenário, o vereador conclamou os poderes públicos a elaborarem um plano estratégico de médio e longo prazo para suprir essa carência. A proposta inclui incentivos à residência médica em neuropediatria, apoio financeiro e técnico a profissionais em formação e parcerias com instituições de ensino.
“É nosso dever garantir acesso digno à saúde, preservar a dignidade da pessoa humana e construir uma sociedade que acolha e cuide das suas crianças. A saúde pública não pode continuar negligenciando uma demanda tão urgente como essa”, finalizou Delegado Lessa.