Wolney diz que CPI do INSS tem cunho político e pode atrapalhar investigações

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Por Karol Matos
9 de maio de 2025 às 14h15min
Foto: Américo Rodrigo

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou que a CPI que foi protocolada na Câmara Federal será um “retrocesso” a todas as ações que já foram implementadas pelo Governo Federal, contra a fraude no INSS. Para ele, esse instrumento tem cunho político e pode atrapalhar as investigações. A afirmação aconteceu em conversa com a imprensa, logo após a inauguração do Hospital da Mulher do Agreste, em Caruaru.

Todos esses dados já estão sendo colocados pelo próprio Governo, então, não há o que investigar. Se for começar uma CPI, você vai retroceder. Na verdade, nós já estamos lá na frente: bloqueamos bens, divulgamos quem são os responsáveis, então, essa CPI que está sendo solicitada, me parece muito mais uma disputa política e pode ser que atrapalhe as investigações”, considerou Wolney.

A operação que identificou inúmeras fraudes no INSS culminou na exoneração do então presidente do instituto, além do agora ex-ministro, Carlos Lupi, que deu lugar a Wolney. Esta semana, depois da mudança, a bancada do PDT na Câmara anunciou que estava deixando a base, se tornando independência na Casa. Queiroz revelou que na próxima semana pretende ter uma reunião com todos os parlamentares, em busca de convencê-los a retornar à base do governo Lula.

Na semana que vem, eu já tenho uma conversa marcada com o líder, Mário Heringer, que é meu amigo. A bancada do PDT é uma bancada que eu conheço há muitos anos. Eu sou amigo pessoal de toda a bancada, tanto da Câmara, quanto do Senado. Nessa semana inicial, eu não pude cuidar disso, mas na próxima semana eu quero me reunir com a bancada, quero falar com os deputados, ver o que eu posso fazer para ajudar a criar essas pontes e fazer com que a bancada retorne e retome o bom diálogo. O PDT sabe que o presidente Lula precisa muito do partido, dos votos e da participação da bancada, tanto na Câmara, quanto do Senado”, disse.

Wolney Queiroz ainda refutou as críticas da bancada de que a decisão de colocá-lo como ministro não tenha contado com a participação de Carlos Lupi, tendo sido tomada apenas por Lula. Segundo ele, foi uma indicação dos dois. Wolney também afirmou que consegue representar bem o PDT no Governo.

Eu tenho a cara do PDT, fui o número um do partido a vida toda, então, estou muito tranquilo enquanto a isso. Logo logo a gente vai reconstruir essas pontes”, finalizou.

Karol Matos

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