Sudene libera R$ 600 milhões do FDNE para a Transnordestina

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Por Redação
10 de julho de 2025 às 17h20min
Foto: Divulgação

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou a liberação de R$ 600 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para as obras da Ferrovia Transnordestina. O aporte, aprovado por unanimidade na reunião da diretoria colegiada realizada nesta quinta-feira (10), marca o segundo desembolso do fundo neste exercício.

Operado com exclusividade pela Sudene, o FDNE é o principal instrumento de fomento utilizado na execução da obra. Com esta nova liberação, o fundo totaliza R$ 4,8 bilhões investidos na implantação da ferrovia, consolidando-se como o principal pilar financeiro de um dos maiores empreendimentos logísticos em andamento no País.

Ao manifestar posição favorável à liberação, o superintendente Danilo Cabral ressaltou os impactos estruturantes do projeto. “Além da melhoria logística, a obra traz aspectos de desenvolvimento socioeconômico e de desenvolvimento regional que ajudam a reduzir desigualdades históricas. O número de empregos já gerados e a redução de emissão de combustíveis fósseis gerados pelos transportes rodoviários são fatores que dimensionam o tamanho da importância dessa obra”, afirmou.

Por sua vez, o diretor da unidade de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, destacou o empenho e a estrita observância das conformidades legais e operacionais do processo pelas instituições responsáveis pela obra.

O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste integra a carteira de soluções financeiras da Sudene voltada à atração de investimentos produtivos para a região. Trata-se de uma ferramenta de crédito estruturado para impulsionar projetos de alto impacto, alinhados à política de desenvolvimento regional, a exemplo da própria ferrovia.

Obra estratégica
A Transnordestina é um equipamento logístico prioritário no contexto da integração logística nacional. A ferrovia facilitará o escoamento da produção agrícola, mineral e industrial do Nordeste, promovendo redução de custos de transporte, ganho de competitividade e menor emissão de gases que ampliam os efeitos do aquecimento global.

O desenho atual conta com 1.206 quilômetros de extensão, com ponto de partida em Eliseu Martins, município do Piauí, seguindo até Salgueiro, sertão central pernambucano, com destino final no Porto de Pecém (CE), passando por 53 municípios destes estados. Pouco mais de 670 quilômetros já foram concluídos, e outros 281 quilômetros estão em fase de obras.

Salgueiro-Suape
A Sudene também atua de forma decisiva para viabilizar a execução do trecho pernambucano da ferrovia, entre os municípios de Salgueiro e o Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho. A Autarquia lidera articulações técnicas, políticas e institucionais junto aos Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e dos Transportes, contribuindo para destravar gargalos e alinhar os esforços em nível federal. A expectativa é de que o primeiro edital para a retomada da obra seja publicado no próximo mês.

Além das articulações institucionais, a superintendência também tem promovido diálogos com representantes de setores produtivos e da sociedade civil para mapear demandas e impactos da ferrovia no ecossistema socioeconômico do estado.

Redação

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