
O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) reagiu nesta terça (16) ao discurso da governadora Raquel Lyra (PSD) durante a sanção da autorização de um empréstimo de R$ 1,5 bilhão aprovado pela Alepe. A gestora culpou a Casa pelo atraso em obras do Governo do Estado, o que motivou críticas do parlamentar. Borges afirmou que, em vez de “destilar raiva e agressões contra a Assembleia, insinuar contra deputados e terceirizar responsabilidades”, a governadora deveria ter aproveitado o momento para anunciar como pretende aplicar os recursos. “Talvez já sabendo da dificuldade do fazer, ela não comemore ou não olhe para o futuro e prefira apontar para o passado”, disse.
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Segundo o deputado, o tempo de análise do projeto na Alepe foi fundamental para garantir transparência e revelar à população problemas como alterações em anexos após votações e a incapacidade do governo em executar empréstimos já autorizados. Ele lembrou que o Estado ainda tem R$ 700 milhões de saldo de um empréstimo de 2023, além de R$ 100 milhões sequer captados, o que desmonta a narrativa de que faltam recursos.
Borges também destacou que a Assembleia tentou melhorar o projeto com emendas que garantissem a participação dos municípios no acesso aos recursos e a publicização detalhada dos gastos, evitando o que chamou de uso eleitoreiro dos empréstimos. Para ele, a reação negativa do Executivo às propostas reflete a tentativa da governadora manipular a liberação dos valores.
“Pernambuco tem pressa, mas o governo não demonstra nem pressa, nem capacidade de gasto”, declarou.
O deputado ressaltou que não há um tijolo, um metro quadrado de asfalto ou um caderno de um kit escolar que não tenha sido comprado por essa gestão porque faltou recursos de empréstimo. “O que a governadora faz é terceirizar a responsabilidade pela inoperância do governo, pela paralisia de um governo que vai chegando no fim do seu terceiro ano dizendo o que vai fazer e não mostrando praticamente nada do que efetivamente fez e ainda com o discurso de um futuro cada vez mais improvável, porque o seu tempo está acabando”, reiterou. Por fim, o parlamentar reafirmou que continuará defendendo mecanismos de transparência e cobrando a execução dos empréstimos já autorizados.