A possível fusão entre os partidos PSDB e PSD tem gerado discussões e movimentações políticas em Pernambuco. Embora o presidente do PSDB estadual, Fred Loyo, tenha preferido não se pronunciar sobre o tema até uma decisão da cúpula nacional, o presidente do PSD em Pernambuco, André de Paula, compartilhou suas visões sobre os rumos dessa eventual união em uma entrevista ao Blog Cenário.
Embora o diálogo entre as direções partidárias exista, André de Paula ressaltou que este ainda não avançou para as bases do PSD ou para outras instâncias partidárias. “Eu tenho informações de que o diálogo acontece, é natural que aconteça entre as direções partidárias, mas esse diálogo só avança para base e outras instâncias do partido quando você já tem um amadurecimento do processo“, explicou.
Um dos pontos de destaque da conversa foi a relação do PSDB com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra. Sobre a possível desfiliação de Raquel do PSDB, André de Paula expressou o grande interesse do seu partido em contar com a governadora. “Eu acho que isso já foi bastante discutido e existem algumas questões que já estão muito claras. Primeiro, o nosso enorme interesse de ter a governadora nos quadros como uma das principais líderes nacionais do partido“, afirmou André.
O presidente do PSD em Pernambuco destacou as qualidades da governadora, apontando sua gestão bem avaliada e sua importância política. “Raquel é uma líder hoje respeitada no Brasil inteiro, uma governadora de um estado importante. É uma mulher, jovem, preparada, que faz uma gestão muito bem avaliada, uma mulher muito admirada“, afirmou de Paula, ressaltando que qualquer partido teria o desejo de contar com alguém da envergadura de Raquel Lyra em seus quadros.
A análise de André de Paula vai além de uma simples adesão partidária, enfatizando o potencial de Raquel para assumir cargos de relevância no cenário nacional. “Ter a governadora Raquel Lyra no partido significa que você tem um quadro que amanhã pode ser presidente da República, vice-presidente, ministra de estado que pode ser, governadora reeleita, que pode ser senadora“, disse.
Sobre a possível migração de Raquel Lyra para o PSD, o presidente do partido foi claro: “Se a governadora vem para o PSD, ela vem para liderar o partido. Há uma máxima em Pernambuco que é a de que ninguém governa governador; partindo de governador é liderado pelo governador. Então, se a governadora Raquel Lyra ingressa no PSD, o PSD de Pernambuco é o PSD de Raquel Lyra”.
O futuro político de Raquel Lyra segue sendo uma decisão pessoal, e ela já deixou claro que, quando tomar essa decisão, será ela quem anunciará. “A decisão é muito pessoal. Uma decisão que cabe apenas a ela. E que será, no meu ponto de vista, quando vier a acontecer essa definição, ela já deixou claro que é ela que vai anunciar a decisão do seu futuro político“, concluiu o ministro.