Gilmar cobrou do Estado soluções para retenção de macas do Samu

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Por Redação
3 de julho de 2025 às 20h00min
Foto: Felipe Soares

A retenção de macas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para uso como leitos hospitalares nas grandes unidades do Estado foi denunciada pelo deputado Gilmar Júnior (PV), em abril deste ano, na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

O parlamentar, que representa os profissionais de enfermagem na Casa, expôs que as ambulâncias do Samu ficavam presas nos hospitais porque as macas, que são equipamentos dos veículos, estavam sendo usadas indevidamente como leitos.

“Se alguém passa mal e precisa da ambulância do Samu, a ambulância vai demorar a chegar, porque a sua maca está presa nos hospitais. Queria muito chamar a atenção do Governo do Estado e fazer uma extensão para todos os prefeitos”, cobrou Gilmar Júnior.

Nesta quinta (3), a governadora Raquel Lyra (PSD) falou sobre o assunto e prometeu que não haverá mais retenção de macas. “Eu nunca mais vou reter. A meta é não reter nenhuma maca de qualquer ambulância. Estou comprando 10 mil macas. Se for necessário comprar 20 mil, 30 mil macas, eu irei comprar”, declarou Raquel Lyra, em evento no Pronto Socorro Cardiológico (Procape), em Santo Amaro, na área central do Recife.

Além da cobrança do deputado Gilmar Júnior, a governadora Raquel Lyra também está sendo questionada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que agendou para 15 de julho uma audiência pública para tratar do prejuízo ao serviço de emergência provocado pela retenção de macas do Samu.

Projeto de lei
O deputado Gilmar Júnior apresentou um projeto de lei na Assembleia (n° 2780/2025), também em abril deste ano, proibindo a retenção de ambulâncias do Samu e de outros veículos pré-hospitalares de atendimento de urgência (de natureza pública ou privada), nos quais os pacientes socorridos forem encaminhados.

O projeto de Gilmar Júnior determina “a liberação da saída do veículo se dará pela conclusão do transporte solicitado, não necessitando de autorização da unidade de saúde ou carimbo da equipe médica”.

Na justificativa, o deputado argumenta que “há inúmeras queixas por parte dos profissionais da saúde em relação à prática recorrente de retenção das ambulâncias”. “Médicos e enfermeiros frequentemente se veem obrigados a aguardar pela autorização da direção ou por um carimbo médico para liberar a saída da unidade de saúde”, destacou Gilmar. A matéria aguarda análise da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Casa.

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