Quase R$ 19 milhões. Esse foi o montante das dívidas identificadas pelo prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (Podemos), numa radiografia da grave situação do município deixada pelo governo anterior. Os números foram levantados pela equipe de transição do atual gestor, coordenada pelo jurista Pedro Melchior, agora procurador municipal.
“Nós não estamos promovendo nenhuma ‘caça às bruxas’, muito menos apresentando números aleatórios. Todos os dados são oficiais e analisados com todo cuidado e responsabilidade. Infelizmente, estamos diante de uma situação gravíssima nas contas de Arcoverde. E temos a obrigação de passar essas informações para a população”, esclareceu Zeca Cavalcanti.
Os números apresentados na coletiva de imprensa de hoje (8), de fato, revelam um descontrole administrativo sério, por parte da antiga gestão. Apenas com fornecedores, a Prefeitura de Arcoverde tem dívidas de R$ 8.759.900,61. Os débitos previdenciários somam R$ 4.432.918,65. Os precatórios acumulam R$ 1.604.636,84. E a AESA – Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde, tem débitos de R$ 3.845.016,54. No total, um montante de R$ 18.642.472,64.
O caos administrativo da gestão anterior se refletiu nas secretarias e nas ruas. Os exemplos são gritantes: há 2 mil pontos de luz sem lâmpadas ou com lâmpadas queimadas; A Secretaria de Saúde tem 25 veículos inoperantes e apenas 3 carros de passeio e 3 ambulâncias têm condições de uso; todos os 11 prédios usados pela Secretaria de Assistência Social estão com os aluguéis atrasados, com a água suspensa pela Compesa, e alguns com a energia cortada por falta de pagamento.
Em meio ao diagnóstico do caos da gestão passada, Zeca Cavalcanti trouxe uma boa notícia: anunciou o reajuste do piso do magistério. Nos próximos dias, um Projeto de Lei será enviado à Câmara Municipal para garantir um reajuste de 6,27% aos professores da rede municipal de Arcoverde.